10 de nov. de 2013

MULHER DO PRESIDENTE MORTO CONTINUA DANDO AS CARTAS

Os ventos da indignação trazem notícias dos porões da nau da insensatez - Marilka Lannes, viúva do recém falecido presidente da ABI, continua dando as cartas na entidade, reunindo-se na sala da presidência com os diretores, dando ordens aos funcionários, como se houvesse finalmente assumido a cadeira deixada vaga pelo marido morto. Uma situação digna de uma ópera bufa, protagonizada pela ex-atriz e funcionária fantasma do Tribunal de Contas do Município, conforme denunciou o jornal Extra (veja na Coluna de Berenice Seara). Note bem: Marilka Lannes não é jornalista e nem funcionária da ABI. Ela é funcionária do TCM, tendo sido secretária de Azêdo quando ele foi conselheiro da entidade. Aliás, Fichel Davit Chargel também era da... digamos... equipe.

Ficam no ar as perguntas que os ventos que sopram de lá insistem em fazer: por que essa senhora, que deveria estar recolhida ao luto, insiste em não se desligar da ABI, instituição da qual nem mesmo pode ser associada? Terá ela se aproveitado da brecha da lei e conseguido um registro precário de jornalista? Será que pensa que o fato de ter sido mulher do presidente da ABI lhe confere essa prerrogativa? Ou terá negócios deixados lá e pelos quais ainda zela? São muitas as perguntas sem respostas, já  que os cargos na ABI não são comissionados, exigindo dos seus diretores e membros o mais aguerrido esforço gratuito, de doação. Doação de competência, de horas de trabalho, de prestígio pessoal, de dedicação. Será isso o que move a horda enfurecida que pisoteou o Estatuto da entidade com uma interpretação golpista? 

Os advogados do famoso escritório Siqueira e Castro devem estar orientando os aloprados a se comportarem com um mínimo de dignidade. Ou, quem sabe, os insensatos deram-se conta de que as irregularidades que cometeram para usurpar a presidência da ABI de seu sucessor natural, embora os alçasse indevidamente ao posto, não os livraria da vergonha de se mostrarem como são à luz dos fatos. Primeiro, tentaram disfarçar a burrada publicando no site da ABI uma suposta convocação para a reunião ordinária que já havia ocorrido e que foi transformada, por votação entre eles, em "extraordinária" (saiba mais sobre isso em "Nau da insensatez"). 

Não imaginavam, os astutos, que o site registra automaticamente a data e a hora das publicações. Tendo sido flagrados, apressaram-se em publicar desculpas esfarrapadas em texto eivado de ofensas à chapa de oposição - e ao bom uso da língua pátria, diga-se de passagem. Ofensas ao lixo, não conseguiram justificar a tramóia que impediu a posse do vice-presidente legítimo Tarcísio Holanda, que viera de Brasília justamente para assumir o comando da entidade. Tarcísio Holanda foi humilhado naquela reunião canhestra e se disse enojado diante daquelas pessoas.

Ainda na tentativa de abafar o que fizeram e resistindo à retomada da normalidade democrática na entidade, publicaram no Diário Oficial, certamente orientados por advogados, a convocação de uma "eleição" para 3/12, para decidirem quem ocupará a presidência da ABI, diante da morte de Azêdo. Infelizmente está em curso o pior momento da entidade, promovido por aqueles a quem Maurício Azêdo escolheu para estar a seu lado, e por aqueles a quem ele próprio já havia banido e que voltam agora para encenar um lamentável golpe de caserna contra um general fantasma.

A Associação Brasileira de Imprensa, neste momento crucial de sua história, está transfigurada em hospício, refém de aventureiros dos mais diversos matizes, de um conselho que tem sua legitimidade contestada e de uma diretoria mancomunada com a mulher de um presidente morto que estava também sub judice. 






Um comentário:

  1. Esta é uma situação completamente anômala e surreal. Pra mim é caso de polícia!
    É urgente que esta senhorinha seja defenestrada!
    Claudio Carneiro - jornalista

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