27 de fev. de 2014

FIM DO CARNAVAL PARA O BLOCO DE SUJOS

O Bloco de Sujos da ABI, que ainda conta com os serviços do escritório Siqueira Castro - um dos mais caros e prestigiados do país -, sofreu nova derrota na Justiça nesta segunda-feira, 24, após a decisão da 11ª Câmara Cível do Tribunal que dera, na semana passada, prazo de cinco dias para que o “presidente” Fichel Davit Chargel se afastasse do cargo de que se apossou de forma ilegítima e ilegal. 

Não se conhece o teor da petição que eles encaminharam à 8ª Câmara Cível, mas a juíza Maria da Gloria Bandeira de Mello, que é a responsável pelo processo, negou o pedido e determinou que Fichel Davit Chargel deixasse a presidência da instituição em 48 horas. 

No seu novo despacho, a juíza também resolveu uma questão semântica na qual se penduravam os integrantes da Chapa Prudente de Morais: a morte do Presidente da entidade seria um caso de “impedimento” ou de “vacância”, como sustentavam, para justificarem o golpe e se manterem no comando da Casa.  A juíza simplesmente determinou que o vice-presidente, Tarcísio Holanda, assumisse a presidência da ABI. Holanda fora destituído pelo grupo em uma ação vergonhosa quatro dias após a morte de Maurício Azêdo.  A Fichel Davit Chargel e sua entourage só resta agora se queixarem ao bispo. 

E estamos conversados!

Leiam a íntegra do despacho da Juíza Maria da Gloria Bandeira de Mello:

“Fls. 674/685 O pedido da ré não merece acolhimento A decisão mantida em sede de agravo determinou o retorno da administração anterior para dar andamento ao processo eleitoral. Tendo falecido o então presidente, e ainda que tenha que se elucidar as regras estatutárias com relação à vacância, que entende a ré serem lacunosas, o fato é que se impõe de plano a adoção de solução mais adequada à realidade fática dos autos e principalmente as decisões já proferidas. Neste diapasão há tutela antecipada reconhecendo a irregularidade do pleito que elegeu a Admistração que se encontra em exercício, bem como decisão posterior determinando a transferência da adminstração da Associação para a diretoria anterior enquanto não realizada nova eleição. Assim, a permanência da Administração em exercício, ainda que em caráter temporário não pode ser admitida. Recomendável, assim, que se adote em caráter emergencial a alternativa de praxe, e que se apresenta como a mais apropriada, que é a assunção pelo vice-presidente da Administração anterior, juntamente com os demais componentes daquela. A tutela, pois, deverá ser cumprida nestes moldes, sem prejuízo, obviamente, dos autores aceitarem, por entenderem mais conveniente, que continue a atual Administração até as eleições. Tendo em vista que os autos ficaram conclusos para exame da petição da ré, concedo o prazo suplementar de 48hs, para a transferência da Administração nos moldes supra."

23 de fev. de 2014

CARTA ABERTA AO FUTURO



"Toda instituição é a sombra alongada de um homem" – com esta frase do filósofo, poeta e escritor R.W. Emerson (1803-1882) fizemos um retrospecto, publicado aqui neste blog, sobre os homens que emprestaram sua sombra à Associação Brasileira de Imprensa para fazer dela o que, de longe, ainda reconhecemos. O jornalista e escritor Fernando Segismundo, que por duas vezes assumiu os rumos da entidade ((1977/1978 - 2000/2004), definiu a missão da ABI de maneira ideal em 1969, quando disse que “além das finalidades fundamentais, a associação deve interpretar o pensamento, as aspirações, os reclamos, a expressão cultural e cívica de nossa imprensa; preservar a dignidade profissional dos jornalistas - e não apenas a de seus sócios; acautelar os interesses da classe; estimular entre os jornalistas o sentimento de defesa do patrimônio cultural e material da Pátria; realçar a atuação da imprensa nos fatos da nossa história; e colaborar em tudo que diga respeito ao desenvolvimento intelectual do País”. 

Para cumprir uma missão tão densa, sem deixar-se levar por sentimentos menores e com clareza de avaliação, é preciso ter, antes de tudo, desprendimento, cujos sinônimos são abnegação, altruísmo, independência.  A sombra alongada dos que deram à entidade a estatura que ela ainda porta vem-se encolhendo com o passar do tempo e deformando sua imagem – o pior dos momentos sem dúvida é este que a Casa está experimentando agora. A ABI está passando por uma crise estrutural e de credibilidade que drena o pouco que lhe resta de prestígio junto à classe jornalística e à sociedade brasileira. A Justiça, que sempre foi provocada pela entidade para defender os legítimos anseios do povo brasileiro, agora teve que se manifestar para defender a ABI de si mesma. 

O momento é de crise sim, mas é também a oportunidade de uma revisão profunda para sanar problemas que tem sido postergados – um deles, a renovação do quadro de associados e de membros das instâncias decisórias da Casa, chamando as gerações mais jovens de jornalistas a darem sua contribuição e emprestarem suas sombras para a construção de uma ABI para e com futuro. O exemplo de Barbosa Lima Sobrinho, que conduziu a entidade por três mandatos, o último indo de 1978 até sua morte aos 103 anos, em 2000, não pode ser contemplado apenas pela exceção de longevidade, mas pelo compromisso do homem que emprestou não apenas a sombra, mas todos os seus dias a uma causa da qual a ABI era apenas o instrumento. 

Não deve a ABI ser confundida com um prêmio de consolação aos que consideram-se merecedores de um reconhecimento, seja pessoal ou profissional, que não lhes foi concedido ao longo do tempo. Ao refletir sobre isso,  podemos entender a luta encarniçada daqueles que a Justiça mandou afastar dos postos de comando da ABI, em sentença proferida de forma grave - é que para moldar-lhes a sombra encolhida, curvada, era preciso que a Casa se apequenasse. Agora, diante da crise que nos convida à mudança, teremos a real dimensão do mal que vem corrompendo a entidade nestes anos recentes. 

A luta está em curso – ou a ABI se levanta e se renova, ou será apenas a sombra de si mesma a se desfazer no tempo. Os jornalistas que formam a Chapa Vladimir Herzog, empunhando a bandeira da mudança, convocam aqueles que acreditam que com os instrumentos do ofício de jornalistas podemos contribuir para a construção de uma sociedade mais justa, humana e igualitária. Queremos uma ABI de tod@s, à frente de seu tempo e com o olhar dirigido ao futuro.

CHAPA VLADIMIR HERZOG 
UMA ABI  DE TOD@S

19 de fev. de 2014

LEIA TRECHO DA DECISÃO DA JUSTIÇA


 “Por todo o explanado, verificam-se evidências gritantes de que o processo eleitoral foi dirigido de forma parcial e temerária pela então Administração da ré a fim, repita-se, de inviabilizar o registro da chapa dos autores, garantindo para a chapa da situação uma eleição sem concorrentes e sem impugnações. Assim é que, em consonância com a decisão de fls. 129, ficam ampliados os efeitos da tutela antecipada inicialmente deferida, para tornar sem efeito a eleição ocorrida no dia 26 de abril próximo passado, devendo ser realizada outra com escorreita observância ao Regulamento Eleitoral e dos princípios da isonomia, transparência e publicidade que devem nortear as disputas eleitorais, que é o que se espera, em especial, de instituição do gabarito e respeitabilidade da ré.”

"(...) Verifica-se dos fatos e documentos trazidos pelos autores o flagrante descumprimento à decisão de fls. 469/471. Com efeito não obstante ter sido invalidada a eleição em tutela antecipada, o que faz ilegítima a administração da chapa então vencedora, tem-se que a mesma continua a praticar os atos de gestão da entidade, como a convocação para Reunião Ordinária do Conselho Deliberativo. Logo, enquanto não realizado o novo certame, como determinado na citada decisão, deve ser mantida a Administração anterior com todos os seus componentes, a quem caberá, inclusive os trâmites do processo eleitoral.”

13 de fev. de 2014

A PERSEVERANÇA NA JUSTIÇA


Terminada a sessão que reconduziu a antiga diretoria e ordenou a saída dos que ilegalmente se apossaram da ABI, o jornalista que moveu a ação se apresentou à advogada do famoso escritório Siqueira e Castro, que perdeu a causa: 
   
"Meu nome é Domingos Meirelles, sou um dos titulares da ação contra o  seu cliente. A perseverança faz parte do meu ofício." 


Em tempo: O Dr. Jansen dos Santos Oliveira foi o advogado que conduziu o processo dos jornalistas da Chapa Vladimir Herzog. 

12 de fev. de 2014

JUSTIÇA RESGATA ABI DAS MÃOS DE AVENTUREIROS

Justiça nega provimento aos recursos impetrados pelos ocupantes da ABI e confirma a decisão da Oitava Vara Cível da Comarca do Rio de Janeiro, que antecipou a tutela para anular a eleição de abril do ano passado, quando através de expedientes ilegais a Chapa Vladimir Herozg foi impedida de concorrer. Naquela eleição fraudulenta, concorreu apenas a Chapa Prudente de Morais, neto, encabeçada pelo então Presidente Maurício Azêdo, que faleceu em outubro do ano passado. A Justiça determinou que seja feita uma outra eleição e que a antiga diretoria seja reconduzida ao comando da ABI. Os ocupantes ilegítimos dos cargos da instituição terão que se retirar, sob pena de multa diária de R$ 5 mil, cobrada na pessoa daquele que irregularmente ocupou o lugar de presidente, Fichel Davit Chargel. 




VAI PASSAR!!!!!!!






9 de fev. de 2014

A casa da mãe Joana é na ABI


A situação da ABI é tão grave que cabe perguntar se ainda há uma Associação Brasileira de Imprensa ou se aquilo virou a casa da mãe Joana – com o perdão de d. Joana, seja lá quem tenha sido ela na história. Depois de se acotovelarem  para ocupar o lugar de poder esvaziado com a morte de Maurício Azêdo, o presidente sub judice do Conselho, Peri Cotta, e o primeiro secretário também sub judice, José Pereira da Silva,  renunciaram aos cargos, na reunião da semana passada. Na Mesa do Conselho ficou apenas o segundo secretário, Moacyr Lacerda,  que de acordo com as regras estatutárias deveria conduzir a reunião ao encerramento, para que as providências para resolver a situação fossem tomadas em reunião de diretoria, convocando uma Assembleia Geral Extraordinária.  Mas inusitadamente o segundo secretário também sofreu um golpe! Assume então a presidência do Conselho o presidente eleito irregularmente para ocupar o lugar de Azêdo – Davit Fichel Chargel, que em uma penada decide que o novo presidente do Conselho será o conselheiro sub judice Vítor Iório! O que nos consola é saber que o nome e as digitais desses vândalos ficarão registrados na história da Associação Brasileira de Imprensa - isso, se a instituição resistir.