A ata da Reunião do Conselho Deliberativo da ABI de 25 de
março é uma fraude! Mais uma entre tantas patrocinadas pelos golpistas que não
se conformam com a decisão da Justiça que os afastou da entidade sob duras
qualificações de seus atos espúrios. Não bastasse a má-fé que os caracteriza, a
falta de inteligência com que se atrevem beira o ridículo, para dizer o mínimo.
Uma ata de reunião de Conselho não pode ser publicada sem que todos os membros
participantes tenham lido, aprovado e rubricado o texto que relata os fatos exarados na
reunião, o que em geral ocorre na reunião seguinte; somente então se procede à
publicação.
Apressados como batedores de carteiras e trombadinhas,
correram a publicar no site da Instituição um amontoado de inverdades sob o
título de “Ata do Conselho Deliberativo da ABI”, distorcendo os fatos vergonhosamente para ainda tentar manipular a confiança
dos desavisados. Usar o site da ABI para isso já demonstra a categoria dos que
se dizem jornalistas aptos a assumir os rumos da Casa.
Vamos aos fatos:
Ofensas vergonhosas explodiram como petardos, quando Domingos Meirelles sugeriu que o advogado Jansen dos
Santos - que o representou na
Justiça contra as fraudes promovidas pelo bando e que fora por ele convidado à
reunião - fizesse uma exposição para informar ao plenário sobre os autos do processo que pôs fim ao golpe e sobre a última decisão,
ocorrida naquele mesmo dia, horas antes, quando o Tribunal de Justiça negou
outro agravo de instrumento impetrado por Fichel Davit Chargel. Davit tenta ainda, desesperadamente, reassumir o lugar de presidente que ocupou indevidamente por
alguns meses. O próprio Davit ficou pasmo ao tomar conhecimento de que fora mais uma vez derrotado, porque IGNORAVA essa nova
manifestação da justiça. Ele saiu correndo da sala para consultar o despacho do
TJ no site da ABI.
O convite à exposição do advogado não foi "questionada pelo
Conselheiro Marcus Miranda" como aparece na ata fraudulenta, onde se
afirma que nas reuniões do Conselho somente poderiam falar conselheiros e
associados. Trata-se de uma inverdade. No Conselho sempre foram ouvidas as mais diferentes pessoas, como o
delegado Protógenes,
representantes do corpo diplomático e autoridades que tivessem algum
depoimento relevante a ser prestado aos conselheiros. É só consultar as atas do
Conselho que se poderá atestar esse fato. O advogado foi insultado de forma
inaceitável numa casa que defende a liberdade de expressão. Alegaram que ali
não era a OAB e pediram, aos gritos, que o Dr. Jansen dos Santos se retirasse
da sala. Ele tentou se defender, falou nas prerrogativas asseguradas pela
Constituição e pela própria OAB. Não lhe deram ouvidos. "A Justiça não
manda na ABI. A nossa constituição é o nosso estatuto!" – gritaram ensandecidos,
brandindo um estatuto por eles tantas vezes estuprado.
E foram por aí,
num clima patético de histeria, onde todos falavam ao mesmo tempo. Por que não
queriam que o advogado falasse? Quem tem medo de Virgínia Wolf ? O advogado
recusou-se a se retirar. Manteve-se em silêncio, perplexo, com a reação do
grupo de jornalistas que integram a chapa Prudente de Morais, neto. Estavam
todos fora de si. O conteúdo mentiroso da ata indevidamente publicada no site da ABI foi editado de acordo
com as conveniências daquela corja.
Fichel Davit atacou de forma grosseira o presidente
Tarcísio Holanda, que se havia retirado, dizendo que ele "custava caro à
ABI, obrigada a desembolsar de R$ 2.300,00 a R$ 2.700,00 de passagem” sempre
que ele vinha ao Rio para as reuniões. Domingos Meirelles lembrou que Tarcísio
pertencia à chapa do próprio Davit e que seu nome fora uma escolha pessoal do
ex-presidente falecido e do grupo
ao qual pertencia. E mais: durante cerca de quatro anos, Tarcísio
compareceu mensalmente às reuniões do Conselho, viajando de Brasília para o
Rio, como vice-presidente da ABI,
sem que jamais houvessem questionado o custo das passagens. Davit fazia questão de acentuar, a todo o momento, que tanto o presidente Tarcísio Holanda,
como a diretoria, voltaram a
exercer suas funções apenas em cumprimento a uma determinação judicial. Como se a decisão fosse fruto dos caprichos da
juíza ou da 11ª Turma Cível do
Tribunal, cujos integrantes, por unanimidade, reconheceram que a posse dele,
após a morte de Maurício Azêdo, ocorrera de forma irregular (veja a matéria Nau da Insensatez).
Outra grave manipulação foi a afirmação de que Domingos
Meirelles responsabilizou o presidente morto, "que não tinha como se
defender ", por todos os problemas da ABI. Não é verdade. Em nenhum
momento Meirelles se referiu a Maurício Azêdo. Na exposição, ele se referia ao próprio Davit que permaneceu
cinco meses irregularmente na presidência da ABI e não fez nada. Uma gestão
que, além de irregular, foi péssima para a saúde administrativa e financeira da
entidade. Interpelado, Davit não soube dizer qual era o montante das dívidas da
Casa nem os pavimentos que se encontram penhorados sob risco de serem leiloados a qualquer
momento.
Meirelles fez uma lista de pequenos problemas que poderiam
ter sido resolvidos por quem pretende e ocupou, mesmo que indevidamente, o lugar de presidente da Casa. Por exemplo, o conserto da central de ar-condicionado,
orçado em menos de R$ 20 mil, e que está sem funcionar há mais de um ano,
quando havia dinheiro em caixa para pagar as peças danificadas. Sem
ar-condicionado, deixou-se de alugar o auditório que gerava importante fonte de
receita alternativa para a ABI. Apenas com o dinheiro de quatro aluguéis se
poderia ter consertado o equipamento – e a despesa poderia ser quitada em até
em cinco parcelas.
Meirelles falou ainda sobre o descaso em trocar o cabo de aço de um dos elevadores,
gravemente comprometido, que também poderia ser resolvido com pagamento parcelado. E provou que jogavam
dinheiro fora com o aluguel dos andaimes que há mais de um ano cercam a fachada
do prédio para proteger os transeuntes de placas que podem despencar. Os
andaimes já foram citados em relatório de prestação de contas da diretoria como
se fossem parte de uma obra de conservação que jamais ocorreu. O conserto das
placas da fachada está em torno de R$ 15 mil e o aluguel dos andaimes já
consumiu R$ 50 mil dos cofres magros da ABI.
Tudo isso foi omitido da ata, assim como a denúncia da economia porca de R$ 5
mil com a não colocação de
insulfilme na Biblioteca. Essa proteção
impediria que o sol continuasse danificando livros raros que fazem parte
do acervo da Casa. Domingos Meirelles denunciou também o péssimo estado da casa de força, que
poderá explodir e até incendiar o prédio a qualquer momento. O conserto foi
estimado em cerca de R$ 120 mil, pagos em cerca de dez prestações, mas o Davit
não se mexeu. Os membros do Conselho e o próprio Davit ouviram tudo de cabeça
baixa. Mas a ata fraudulenta omite tudo isso. Também não se publicou sequer uma
vírgula do que disse o Diretor Cultural da ABI, Jesus Chediak. Parece até que não estava presente.
A quem essa gente pensa que ainda engana? A certeza de que
ninguém mais se importa com a Associação Brasileira de Imprensa é que os faz
agir de forma tão descarada. É preciso dar um basta nesta infestação espúria e
refundar a ABI.
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