23 de set. de 2014

RAZÃO E FÉ

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A Chapa Vladimir Herzog não escolheu Domingos Meirelles como candidato à presidência da nossa ABI, apenas por se tratar de um dos profissionais mais premiados da imprensa brasileira. Nós o escolhemos pelo seu caráter forte e transparente, pela sua generosidade, e por sua extraordinária capacidade de trabalho. Domingos Meirelles é um dos diretores com a maior e mais significativa folha de serviços prestados à Casa dos Jornalistas. Nos últimos 40 anos, exerceu diferentes atividades na instituição, entre elas a de editor do Boletim ABI, atual Jornal da ABI, em um dos períodos mais negros do regime militar. Em fevereiro de 2014 voltou a acumular a função de editor da mesma publicação com a  de Diretor Econômico-Financeiro da entidade.

Não foi a primeira vez que Domingos Meirelles assumiu, concomitantemente, tarefas distintas na ABI. Em 2006, foi responsável pela Diretoria Administrativa, Serviços Gerais, Patrimônio, Departamento Jurídico e manutenção do edifício-sede.

Ao ser convocado para essas funções, ocupava a Diretoria de Assistência Social, para a qual fora eleito em 2004 com o compromisso de impedir o iminente colapso do ambulatório da entidade. O sucesso gerencial na recuperação do serviço médico, o credenciaria, dois anos depois, a acumular várias funções em meio a uma das maiores crises políticas da instituição. Metade da Diretoria se amotinara contra a gestão do então presidente Maurício Azêdo, na tentativa de afastá-lo do comando da Casa.

O golpe era capitaneado por Fichel Davit Chargel e Milton Temer. Como não conseguiram derrubá-lo da presidência, passaram a atacá-lo com uma incontinência verbal cuja vileza jamais fora vista na história da entidade. Azêdo passou a ser vítima de impiedosa campanha de difamação (vide, na página 11, a carta amarga que escreveu, na qualrelata a perfídia de que foi vítima por parte dos próprios companheiros).

Como o golpe não prosperou, os detratores pediram demissão. A debandada de metade da Diretoria não conseguiu, entretanto, paralisar as atividades da ABI, como haviam planejado. O vácuo causado pelo afastamento de quatro diretores permitiria, mais uma vez, que Meirelles voltasse a demonstrar suas qualidades de administrador. Ao ocupar o cargo, abandonado por Fichel Davit, promoveu uma faxina geral no prédio que se encontrava em péssimas condições. Reformou onze banheiros e refez todos os lances de escada, entre o térreo e o 9º andar, que se encontravam em deplorável estado de conservação. Comprou, ainda, aparelhos de ar-condicionado, bebedouros e computadores

A Biblioteca Bastos Tigre, no 12º andar, foi praticamente reconstruída. O trabalho, que se prolongou por mais de um ano, foi um dos mais importantes realizados pela ABI, nas últimas décadas. Os tacos, vorazmente atacados por cupins, foram substituídos por um material nobre capaz de suportar o peso das estantes. Meirelles foi obrigado a comprar um bloco de granito de seis toneladas para enfrentar essa nova empreitada. O granito foi cortado em lâminas e, depois, em lajotas, para que os veios da pedra compusessem um harmonioso desenho no piso. Todos os armários, fichários e as 629 prateleiras de madeira das estantes foram higienizadas, descupinizadas, lixadas e enceradas. Foi ainda comprada uma mapoteca galvanizada, com cinco gavetões, para acondicionamento de periódicos antigos, mapas e documentos raros.

Outra intervenção de relevo, em 2006, foi a reforma do auditório do 9º andar. Todas as poltronas receberam estofamento novo, e o mecanismo que regulava a altura de cada assento foi ajustado. O trabalho levou seis meses para ser concluído, e foi executado pelos próprios funcionários da Casa.
A obra física mais importante, depois da Biblioteca e da reforma do auditório, foi a recuperação e modernização dos antigos elevadores da Casa (vide Relatório de Atividades da Diretoria gestão 2006/2007 publicado no Jornal da ABI).

Com a ascensão de Tarcísio Holanda à presidência da Casa, em fevereiro deste ano, Meirelles voltou a acumular a função de Diretor Econômico-Financeiro com o gerenciamento da área responsável por serviços gerais e manutenção do edifício-sede. Tarcísio confiou-lhe a tarefa de reverter o quadro de desídia e abandono em que se encontrava o prédio, um testemunho físico das vilanias praticadas pelos renunciantes.

Uma das suas primeiras providências foi consertar a central de ar-condicionado, parada há mais de um ano. A falta de refrigeração impedia que o auditório fosse alugado, privando a ABI de importante receita alternativa. Ao restabelecer o funcionamento do ar-condicionado, o dinheiro investido na reforma do equipamento foi recuperado pelo produto financeiro de duas semanas de aluguel.
A substituição dos cabos dos elevadores, cujo prazo de validade havia sido ultrapassado em dois anos, foi imediatamente realizada, neutralizando o risco que oferecia aos associados e inquilinos do prédio. O piso do hall foi polido e lustrado (foto), o que não ocorria há mais de 30 anos. Foram também adquiridas duas toneladas e meia de placas de mármore italiano travertino para a grande reforma da fachada, que deverá estar concluída até o final de outubro.

Meirelles foi escolhido por nós pela sua extraordinária capacidade de doação à ABI. Nós o poderíamos ter indicado também em homenagem à sua bem-sucedida atividade literária, autor de três obras de referência na moderna historiografia nacional. Nós fizemos essa escolha amparados na razão e na fé, convencidos de que Meirelles será capaz, ao lado dos seus companheiros, de conduzir a Casa de Gustavo de Lacerda em direção ao futuro, de ingressá-la no novo século, e de resgatar o prestígio, a credibilidade e o espaço político que se perderam, ao longo dos anos, nas dobras do tempo.

Chapa Vladimir Herzog


“Meirelles foi escolhido por nós pela sua extraordinária capacidade de doação à ABI. Ele será capaz, ao lado dos seus companheiros, de conduzir a Casa de Gustavo de Lacerda em direção ao futuro.” 

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