22 de ago. de 2013

DEPOIMENTOS SOBRE O PALAVRÃO

O blog da Chapa Vladimir Herzog recebeu comentários à postagem sobre o decreto de Maurício Azêdo proibindo jornalistas de dizerem palavrão no espaço de lazer e convivência do décimo primeiro andar da ABI. No documento, Azêdo afirma que "aplicará as disposições do Estatuto Social a quantos insistirem em utilizar palavrões", ameaçando os " infratores" com a anotação de seus nomes para aplicação das "sanções cabíveis". Leia agora o comentário da ex-diretora de Administração da ABI, jornalista Ana Maria Costábile, sobre o tratamento desrespeitoso e ofensivo com que foi tratada pelo presidente sub judice

"Mas ele pode falar qualquer barbaridade. Quando, pagando meus pecados, era diretora administrativa e dei  autorização para o Zequinha quebrar um pedaço da parede para consertar um vazamento, sem que  "sua santidade" soubesse antes, ele ao chegar, diante de uns visitantes no andar, não se incomodou e, aos gritos, disse:
- Sou o responsável por tudo o que acontece aqui, PORRA! É preciso pedir minha autorização pra tudo!
Ai, ironicamente, retruquei:
- Ah... também para ir ao banheiro?
E ele, aos berros:
- Não, podem cagar à vontade!
E os visitantes, horrorizados, e eu também, não conseguimos sequer balbuciar nada. Um lindo momento para a biografia dele."

Se é para esse tipo de discurso e utilização de palavrões que o Estatuto prevê punição, estamos de pleno acordo - puna-se o presidente!

É preciso que se diga, ainda, que o "Estatuto Social" a que Azêdo se refere quando ameaça associados de punição é o mesmo que em 2010 foi deformado em seu  Art. 44 para permitir que o diretor presidente pudesse ser reeleito indefinidamente. É bom lembrar que quem elaborou o artigo que proibia mais de uma reeleição foi o próprio Maurício Azêdo, em seu primeiro mandato. Mas, como sempre, incoerente, revogou o artigo, para eternizar-se no cargo. Era o golpe que já estava a caminho.

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