9 de set. de 2013

BOMBA! BOMBA!

Não é de gás lacrimogêneo a  bomba mais recente lançada pelo presidente sub judice da ABI, Maurício Azêdo, mas é de grave efeito moral. Dois sócios foram nominalmente proibidos de entrar na sede da entidade, sob alegação ainda desconhecida, sendo que ambos são membros da Chapa Vladimir Herzog, de oposição a ele. Também por ordem de Azêdo, os jornalistas com mensalidades em atraso serão impedidos de entrar na ABI. A proibição, afixada na portaria do prédio, abrange todos os que estão com mensalidades atrasadas há seis meses ou mais. Ao chegarem ao hall, os sócios serão abordados pelos funcionários da  portaria e convidados a apresentar o recibo referente ao mês em curso. Caso não tenham o comprovante em mãos, a portaria entra em contato com o (ex?) namorado da filha de Maurício Azêdo, que trabalha no gabinete da presidência. Ele é quem autoriza ou não a entrada dos sócios, após consulta aos arquivos da Diretoria Financeira, em computador que foi retirado da Tesouraria e transferido para a sala da presidência. Na tarde de sexta-feira passada (06/09), alguns sócios tentaram subir e foram barrados pelos porteiros. "Pode chamar a polícia, a ABI é uma instituição de direito privado, e se não estiver com a mensalidade em dia não entra!", sentenciou o presidente em alto e bom som, submetendo os sócios a grave constrangimento diante das pessoas que estavam no hall - o prédio da ABI tem andares e salas alugadas para diversas empresas. O presidente sub judice afirmou que a decisão de barrar sócios inadimplentes foi tomada na última reunião do Conselho, - um conselho que foi escolhido a dedo por ele e que por isso lhe é subalterno. A medida é vergonhosamente discricionária e inconstitucional, além de ferir gravemente a imagem da Associação Brasileira de Imprensa. Os jornalistas submetidos a constrangimento prometeram entrar com uma ação por danos morais contra Maurício Azêdo.
Preparem-se! Vamos ter dias gordos a partir desta segunda-feira.

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